A série articulação é composta por obras com caráter urbano, tecnológicos, com sinestesia sci-fi e linguagem em camadas desconstruídas de forma artificiosa. O isolamento de camadas e redução de informações em estudos preliminares, e a sobreposição de contextos, engendram complexidade situacional e visual. Uma de suas características é a abordagem via pintura no negativo, no "buraco", e não pelo "contorno positivo". O que pode remeter, de certa forma, à dinâmica linguística psicanalítica lacaniana, como uma garrafa de Klein, em termos de fixação da tinta. Mas os roteiros de cada quadro são, em geral, "desprendidos da causa humana", e mostram-se com frequência, neutros e cheios de sua própria inércia.